Os melhores da ultima década (2010-2020) Parte I - Sprinters

Decidimos fazer uma retrospectiva daquilo que foi a ultima década, do ano de 2010 até 2020. e decidimos dividir os melhores deste espaço de tempo por categorias. Voltistas, classicomanos, sprinters, combativos e, é claro, os gregários, e dentro dessas categorias vamos escolher cerca de 3 ciclistas (se possível). É um texto de opinião, que também se baseia em alguns factos, pelo que pode haver, e certamente que vai haver, quem discorde das escolhas. O que é perfeitamente normal, e até agradecemos que nos enviem as vossas preferencias.

Hoje vamos começar por falar nos sprinters, decidi-me pelo, provavelmente, melhor sprinter de sempre, Mark Cavendish, André Greipel e Peter Sagan, este ultimo também se podia, e devia, enquadrar na categoria dos 'classicomanos', mas Sagan foi realmente um dos três melhores 'sprinters' da década.

Cavendish no inicio da sua carreira na HTC Columbia

Mark Cavendish

O britânico conseguiu em 2024, por fim, as 35 vitorias na Volta a França, batendo assim o recorde que pertencia a Eddy Merckx. Junta mais 17 no Giro d'Italia e 3 na Vuelta a Espanha, isto no que toca a Grandes Voltas. Ao todo foram 165 vitorias nas mais diversas corridas World Tour. Também foi campeão do mundo em 2011, na melhor fase da sua carreira. Conta também no seu palmares com um Monumento, a Milan San Remo, e conquistou a camisola dos pontos por 2x no Tour de France, uma no Giro e uma na Vuelta, completando, assim, o tripleto no que toca a essa classificação. É, na minha opinião, o melhor sprinter 'puro' da sua geração, quiçá, de sempre.

Greipel em mais uma vitória no Tour Down Under


André Greipel

O 'Gorila', como era chamado no pelotão, André Greipel, não ficou muito atrás de Cavendish no numero total de vitorias. O Alemão levantou os braços por 158x, sendo 11 na Volta a França, 7x no Giro d'Italia e 4 na Vuelta a Espanha. A corrida onde venceu mais vezes, foi a primeira corrida do calendário World Tour, o Tour Down Under, onde ganhou por 18 ocasiões e por duas que conquista a classificação geral. Acaba por vencer apenas por uma vez uma camisola por pontos numa Grande Volta, muito por culpa dos outros dois 'senhores' que trazemos nesta categoria (o que justifica ter sido por 8x segundo em etapas no Tour de France).
Sagan, na altura, já de camisola verde

Peter Sagan

O eslovaco era muito mais do que um mero sprinter, ainda assim, era usando a sua potencia e excelente ponta final que mais alcançava vitorias. É recordista de vitorias na camisola dos pontos no Tour, com 7, onde junta mais uma no Giro d'Italia. Das 121 vezes que venceu, 12 foram na 'Grand Boucle', 4 na Vuelta e 2 no Giro. Foram três campeonatos do mundo, seguidos, e dois Monumentos, o Paris-Roubaix e a Volta a Flandres. É aqui que eu acho que o seu palmares ficou muito curto para a qualidade que tinha, e foi mesmo essa qualidade que o fez perder tantas vezes nessas corridas, ninguém queria 'puxar' num grupo onde estivesse Sagan, e Sagan sozinho não conseguia responder a tudo, o que acabava por fazer cm que muitas das vezes houvesse surpresas quanto as vencedores das corridas. Sagan não decidia quem ganhava, mas muitas vezes decidia quem perdia. Era um fora de serie em cima e fora da bicicleta, talvez o maior fenômeno do ciclismo desses anos.

E para os nossos seguidores, quem foram os grandes sprinters da década?






Comentários

Mensagens populares deste blogue

Matxin partilha foto com João Almeida e deixa mensagem

Transformação na Sabgal Anicolor

Vencedor da Volta a França do futuro corre em Portugal?